Author Archive for Rafael Cesar

24
abr
10

Dread & Dolan’s Cadillac

Qual a semelhança entre os dois? Bem, os dois são baseados em contos de dois mestres do terror; Stephen king e Clive barker. Outra semelhança? Ambos são carrascos cinematográficos.

Sempre vemos filmes baseados em contos; Alguns dão certo, outros não. Porém, tem contos que não precisam virar filmes. Foi o caso de Dolan’s Cadillac (Morte no deserto). O filme consiste em um roteiro adaptado muito barato, atuação pra lá de ruins e uma direção fraca e descomprometida do diretor Jeff Beesley. O único que exerce sua função “bem”, é o vilão Dolan, interpretado por Christian Slater, praticamente o único profissional no filme.

Agora em Dread, a história não muda nada, basicamente. A premissa básica, retirada do conto, é boa. Dava pra fazer um suspense psicológico muito bom, mas o diretor preferiu transformar oque já estava sem rumo em um trash, com cenas para “chocar”.

As atuações? Terriveis tambem. E pra quem teve o desprazer de ver crepusculo… lembra daquele vampiro com cara de assustado.. Jasper, se não me engano? Então, esse estranho é o ator principal de Dread.

Primeiro filme do diretor Anthony DiBlasi, que ja vem atuando como produtor a algum tempo, nos filmes do Clive barker. Então, devido a esse fato, vamos perdoá-lo. Somente dessa vez.

02
abr
10

Chan-Wook Park e sua sede de sangue

Nesse filme, você não encontrará vampiros vegetarianos que brilham. Então se esta atrás de um crepusculo coreano, aqui não é o seu lugar.

Sede de sangue, o novo filme do diretor (doentio) de Old Boy, Chan-Wook Park, é um suspense bruto  com abordagem vampiresca.  O diretor explora um atmosfera bem sombria, com um dilema psicológico e religioso.

Tudo começa com um padre que decide se submeter à uma experiência, em busca de um cura para uma doença intitulada “VE”. No meio do tratamento, o padre morre, porém volta a vida segundos depois, com uma infusão de sangue. Alguma coisa estranha acontece com ele,  que altera seus sentidos e vontades. O padre, quando ressucitou, voltou como um vampiro. Quando ele não se alimenta, feridas e sintomas da doença, voltam a tona, oque o força a sair em busca de sangue.

Dae em diante, o filme beira à loucura com o padre e seu dilema religioso: Ele precisa se alimentar, mas “matar é errado”, e como premissa basica religiosa, da passagem direta ao inferno. Como se o enredo já não estivesse chamativo o suficiente, o diretor acrescenta uma “história de amor” completamente ousada e conturbada, entre o padre e a mulher de um amigo de infância. [Sem mais spoilers]

Muitas das cenas de “Sede de sangue” são ousadas, violentas, e perturbadoras, coisa tipica na direção de Chan-Wook Park. A construção das cenas, o desenrolar imprevisivel do roteiro e o final poderoso, transformam o filme em algo bonito e sinistro, coisa que poucos diretores conseguem fazer.

21
mar
10

“Estilo é plagiar a si mesmo”

Cineastas que refilmam seus próprios filmes Por @DeniseCarvalho

Tão antigo quanto o cinema, fazer remake virou um hábito para a indústria de filmes. Em alguns casos o longa é apenas baseado no original, já outros é a cópia perfeita do início ao fim. O mais curioso é que vários cineastas, ao longo da história, resolveram fazer remakes de seus próprios filmes. Somente em 2008, dois cineastas de sucesso, o alemão Michael Haneke e o francês Francis Veber, lançaram novas versões de longas que eles escreveram e/ou dirigiram.
Outros grandes nomes do cinema, como Alfred Hitchcock, Frank Capra, Howard Hawks, fizeram o mesmo, com sucesso. Como disse o próprio Hitchcock, “estilo é plagiar a si mesmo”.
Funny Games (Michael Haneke, 1997), que significa jogos divertidos, foi refilmado e lançado em 2007, com o acréscimo de U.S. no nome. As duas versões são igualmente perturbadoras, mas após de dez anos o remake é capaz de provocar reações diferentes no telespectador. “Estamos habituados a ver um cinema calmante, de entretenimento, que não nos confronta com a realidade. Mas, se quisermos ver o cinema como uma forma de arte, somos obrigados a esse confronto. E isso, muitas vezes, choca o público de hoje em dia. Eu faço um filme para me confrontar, eu mesmo, com um tema que acho importante, grave. Nunca tenho a idéia de chocar” afirma Haneke.
O enredo é simples: uma família (mãe, pai e filho) decide passar o final de semana numa casa de campo, na Áustria. Nem acabam de se instalar e são surpreendidos pela visita de dois jovens, Peter (Frank Giering) e Paul (Arno Frisch) com o pretexto de estarem precisando de ovos. Os dois fazem a família de reféns e brincam sadicamente com eles. O longa é uma crítica aos EUA que transmite violência gratuita direto na televisão e na sociedade. “Por que ele fez isso? Haneke quis fazer um filme que fale direto com o público americano, que polemize o cinema de suspense e terror, como Jogos Mortais e O Albergue, que estão sendo feitos em abundância no país”, afirma o jornalista Renato Silveira, do site Cinema em Cena.
Haneke refilmou “Violência Gratuita” quadro por quadro. Ao contrário dos filmes Hollywoodianos, quase sempre muito coloridos, o longa tem o cenário e figurino quase todo branco, o que nos faz lembrar aquele grupinho maldoso de Laranja Mecânica (Stanley Kubrick, 1971). A nova versão de “Funny Games” é praticamente idêntica ao original, as falas são semelhantes e um fato curioso é que a casa onde ele foi gravado tem exatamente as mesmas proporções daquela usada no filme de 1997. As mudanças mais evidentes foram a troca do idioma (do alemão para o inglês, para atingir o público norte-americano, que não gosta de filmes legendados), e o uso de atores mais conhecidos do público ianque, como Tim Roth (O incrível Hulk) e Naomi Watts (King Kong). Curiosamente, Watts protagoniza seu segundo remake; o primeiro foi “King Kong”.
O remake de Funny Games não atingiu um público amplo, como Haneke pretendia. Sua renda na semana de estréia nos EUA foi de U$ 544, 833, a bilheteria total até agora é de pouco mais de 7 milhões de dólares. Mesmo assim, produzir um remake e ele ser bem aceito pelos fãs e críticos é um êxito que apenas os cineastas que refilmaram o próprio filme conseguiram.
Uma das melhores fases de Alfred Hitchcock quando ele ainda produzia seus filmes na Inglaterra, foi em O homem que sabia demais (1934), lançado em preto e branco e refilmado anos depois pelo próprio diretor, em cores. Foi o primeiro longa em que a nova versão superou o original, isso porque o cineasta teve mais recursos tecnológicos e em 20 anos ele pôde aprimorar algumas técnicas. Quem assistiu à refilmagem percebeu a diferença. O elenco, que antes contava com Cary Grant dando mais humor ao personagem, no segundo filme é protagonizado por James Stewart, que atuou em várias obras de Hitchcock. “O remake é mais decupado e mais rigoroso”, afirmou o crítico e cineasta François Truffaut.
Em “O homem que sabia demais” uma família, que está passando férias em Paris, vê um homem morrer e ele lhes revela um segredo. Isso se torna um grande problema, já que a filha do casal é seqüestrada para garantir que a família não revele esse segredo. “O homem que sabia demais” – o remake – é uma das obras-primas do Hitchcock e tem um dos finais mais angustiantes da carreira dele. O próprio cineasta considerava que a primeira versão era fraca, e por isso mesmo resolveu fazer o remake e o fez com enorme brilho”, afirma o jornalista e professor Leo Cunha.
Além desses cineastas que plagiam a si mesmo, existem outros que pegam uma idéia que já existe e produz o remake. É tarefa difícil produzir um filme e ainda torcer para ser bem aceito pelos fãs e críticos. Por isso, a refilmagem de um sucesso acaba se tornando uma boa saída. Tanto que existe um filme com o recorde de remakes feitos a partir dele. Tudo começou com a peça “Le Contrat” (1969) de Francis Veber. Ela foi bastante prestigiada nos palcos parisienses e teve sua primeira adaptação para o cinema feita por Edouard Molinaro, em 1973. Com o roteiro de Veber, o longa ganhou o nome de Fuja enquanto é tempo (L’ Emmerdeur). Depois veio o remake americano dirigido por Billy Wilder, em 1981, com o nome Amigos, Amigos, Negócios à Parte (Buddy Buddy). E em dezembro próximo vai ser lançada outra versão francesa, dessa vez dirigida pelo próprio Francis Veber, também chamada L’ Emmerdeur. Veber reproduziu além desse, outro filme de sua autoria, Os três Fugitivos em 1989 na versão americana, refilmagem de Os fugitivos de 1986, francês.
O cinema possui uma versatilidade inquestionável, que na produção de remake não parece ser muito evidente. Como “Violência Gratuita” ou qualquer refilmagem, a releitura é diferente, muitas vezes temos que ler nas entrelinhas para poder enxergar as variações. O filme Onde começa o inferno, de Howard Hawks é um clássico do western de 1959 protagonizado por John Wayne. O cineasta reproduziu o longa, com pequenas mudanças e com outro nome, chamado El Dorado em1967 e novamente convidou Wayne para fazer o papel principal. Um maravilhoso western, onde ler nas entrelinhas não é preciso, já que a nova versão se auto-explica pela qualidade.
A lista de cineastas que produziram um remake da própria obra inclui ainda, entre outros:
– Frank Capra, Dama por um dia (1961), refilmagem de Lady for a Day (1933);
– Anatole Litvaq, The woman I Love (1937), refilmagem de L’équipage (1935);
– Julian Duvivier, Lydia (1941), refilmagem de Um Carnet de bal (1937);
– Roger Vadim, And god created woman (1988), refilmagem de Et dieu créa la femme (1956);
– George Sluizer, The Vanishing (1993), refilmagem de L’homme qui voulait savoir (1988);
– Jean Marie Gaubert, Just Visitng (1999), refilmagem de Les visiteurs (1992), que ele assinou como Jean Marie Poiré.
Nos remakes produzidos em série, têm aqueles que merecem o devido destaque, já que foram bastante polêmicos. Como Hollywood produz filmes em massa, um para cada estação, o cineasta acaba ficando sem idéias e pegando uma que já existe. Desculpa bastante plausível, mas nada explica o fato desses remakes serem piores que o filme original.
Psicose (Hitchcock)

Um remake polêmico, criticado por muitos fãs, foi Psicose, refilmado quadro a quadro por Gus Van Sant em 1998, a partir do original de Alfred Hitchcock, de 1960. É preciso ter muita coragem para refilmar um dos melhores filmes do mestre do suspense. Uma vantagem perceptível da nova versão sobre o original é o som, mas é claro que na década de 60 o cinema não dispunha de recursos tecnológicos, como temos hoje. Nem assim, Gus Van Sant conseguiu recriar o clima de tensão que estamos acostumados a ver nos filmes de Hitchcock, como em Janela Indiscreta (Alfred Hitchcock, 1954). Este, por sinal, ainda não ganhou um remake. Mas quem assistiu Paranóia (D.J Caruso, 2007) conseguiu perceber a semelhança gritante entre os dois filmes. Pode ter sido apenas uma inspiração, mas para os proprietários dos direitos do conto não foi nada disso. Essa similaridade rendeu a todos os envolvidos, incluindo a DreamWorks e a Universal, um processo judicial.

Psicose (Gus Van Sant)

Em “Janela Indiscreta” um fotógrafo, interpretado por James Stewart, não pode sair de casa devido à sua perna quebrada. Sem nada para fazer, começa a observar os vizinhos, até desconfiar que um deles assassinou a própria esposa. Em “Paranóia”, o personagem de Shia Labeouf está em prisão domiciliar, e, para passar o tempo, observa a vida dos vizinhos através de sua câmera e também desconfia que o vizinho matou a mulher. Não dá pra negar que em “Paranóia” tem cenas de arrepiar. Plágio ou não, esse processo deve render, e os envolvidos se negam falar sobre o assunto.
20
mar
10

histórias cruzadas

Para começar meus posts aqui vou falar de um tema que me chama muito a atenção: filmes que possuem enredos paralelos e direta ou indiretamente possuem uma ligação. Essas histórias poderiam muito bem ter o seu próprio longa, mas a forma como são interligadas é que enriquece o filme. Logo de cara, já penso em quatro títulos: Traffic (2000), Crash (2004), Babel (2006) e Território Restrito (2009).

Com base em um tema central que liga todas as personagens e suas histórias, os filmes em questão abordam assuntos fortes que abalam a estrutura do espectador (narcotráfico, racismo, intolerância e imigração ilegal, respectivamente). A partir daí, somos convidados a refletir nas temáticas sob diversos ângulos e mudar o conceito a respeito das questões pertinentes.

Cada uma das produções tem suas peculiaridades que elevam o nível e as tornam mais interessantes. Em Traffic, o que mais me chamou atenção foi a fotografia usada, onde cada trama tem a sua própria cor (azul para Washinton, amarelo para o México e cores naturais para a Califórnia), Isso contribuiu, e muito, para a originalidade do filme.
Já em Crash (um dos meus filmes preferidos), o enredo em si é o que prende o público. Histórias densas e conturbadas dão o ritmo ao ganhador do Oscar de melhor filme. Dentre tantas cenas marcantes, uma não tem como esquecer é a do tiro na menina.

Babel foi o único que assisti no cinema. A peculiaridade dele é a visão de que uma ação gera uma reação e sem limites geográficos. As pessoas podem estar muito longe, mas ao mesmo tempo perto (dá uma boa discussão isso). Esse filme fecha a trilogia do diretor Alejandro González , com Amores Brutos (2000) e 21 gramas (2003). Outras duas ótimas produções.
Por último, temos Território Restrito, que conta Alice Braga no elenco, mostra o desejo de estrangeiros de conseguir viver no ‘sonho americano’, porém, em encaram a dura realidade em um país não tão aberto a outras culturas.
Para finalizar, vejo que um ponto comum entre esses filmes, além do cruzamento de histórias, é a vontade de retratar o real, o menos glamurizado possível e mais próximo de como ele é verdadeiramente. Penso que filmes não são meros entretenimentos, podemos extrair algo deles. Esses quatro títulos abalam as estruturas, pois retrata aquilo que tentamos não ver.
Trilha sonora: “Maybe Tomorrow” – Stereophonics (trilha do filme Crash)
18
mar
10

O coração louco de Jeff Bridges

Vamos falar do vencedor do oscar de melhor ator, Jeff Bridges… Mas, quem é Jeff Bridges?
Aposto que muita gente andou perguntando, “quem é aquele cara estranho que ganhou oscar de melhor ator?”.

No final , Jeff Bridges não é um estranho. Possui uma estrela na calçada da fama e há muito, vem nos comovendo com seu trabalho:  Provocação (2004), K-Pax (2001), O pescador de ilusões (1991), Paixões violentas (1985), o mais recente e que o escalou à vários prêmios por sua atuação, Crazy Heart (2009). Tambem participou do elenco de King Kong, de 1976; Entre muitos outros ótimos filmes.
Um cinéfilo, com conhecimento mais avançado, reconhece Jeff Bridges de longe.
Observação: Indico todos os filmes, que eu citei logo acima.

Para vencer o oscar de melhor ator, ele teve que passar por cima do Nelson Mandela, que foi muito bem interpretado por ninguem menos que Morgan Freeman (Invictus). Contornou o George Clooney, que fazia o papel de um funcionário que demitia pessoas (Amor sem escalas). Ainda passou por cima de Jeremy Rennet (Guerra ao terror) e Colin Firth (A single man).E o papel que levou Bridges ao topo? Um cantor country, alcólatra e falido. Sim, isso mesmo.

“Coração louco” não é tudo aquilo que a mídia diz. A trilha sonora bem “caipira” do filme e a atuação, não só do Bridges, mas tambem dos coadjuvantes, Colin Farrell e Maggie Gyllenhaal, nos dão forças para ver o filme até o final. Ver o Jeff Bridges em constantes transes alcólicas, ou a necessidade nada inerente de ficar sóbrio, faz valer a pipoca.O maior detalhe do filme: ele ser tão espontâneo; Parece que o tal “Bad Blake”, é o Jeff Bridge na vida real mesmo.

Recomendo “Coração louco”, como um ponto de partida aos filmes de Jeff Bridge, para quem nunca presenciou seu trabalho. Afinal, após ganhar globo de ouro, oscar e mais algumas premiações pela sua bela atuação, o trabalho do cara deve ser reconhecido.

Filmografia: Jeff Bridges

16
mar
10

Academia comovida – #Oscar

Esse ano, estufo o peito, e falo de boca cheia: Os filmes, indicados a categoria melhor filme do oscar, só foram escolhidos para fechamento dos dez.

Você pega o oscar de 2009, e sente a diferença nos indicados. Porra, Danny Boyle com “Quem quer ser o milionário”, um filme rico que misturou perfeitamente Bollywood com Hollywood.
O curioso caso de Benjamim Button, O leitor, Milk e Frost Nixon; Filmes com um conteúdo cinematográfico digno do que era pra ser especificações do Oscar.

Oque prevalesceu no oscar de 2010? Filmes bonitinhos! A maioria dos indicados são filmes bonitinhos com aquele toque sensível de drama (light) ou superação. Um sonho possível, Preciosa, Educação e, oque era Avatar concorrendo a melhor filme? Pergunta que todo mundo se faz e eu ja critiquei bastante à respeito.

2010 não foi um ano muito bom para Hollywood. Tirando as injustiças do oscar que se seguiram (Prêmios de roteiro adaptado para Preciosa, Melhor atriz para Sandra Bullock). A academia estava muito sensível e comovida com filmes falando “Escola é bom”.
Claro que teve os filmes que mereciam tal indicação:
Bastardos inglórios (Oque pra mim foi o melhor)
Guerra ao terror
Distrito 9
Up – Altas aventuras
Distrito 9

Não sei não, mas acho que vai ser dificil confiar na academia, com a  seleção dos indicados para oscar 2011.

12
fev
10

Deus, Alá, HaShem… – Um homem sério

Vou começar dizendo que não tenho nada contra a escolha de religião do povo. Religião é que nem futebol, política: cada um acredita (torce) no que acha mais conveniente, convincente. A propósito, sou agnóstico.
Um homem sério se trata de uma comédia de humor negro, sobre uma família judia e os problemas que o pai  vem enfrentando. Michael Stuhlbarg interpreta muito bem o papel de pai (Larry), o que pra mim foi o ponto mais forte do filme.
Maaas, como no post sobre 500 dias com ela, eu nao vou falar sobre Um homem sério. Vou falar sobre um diálogo entre Arthur e Larry.
Vamos pensar no diálogo como uma crítica a qualquer religião. Ou melhor, em qualquer religioso, indiferente da religião. Aquela pessoa que acredita em Deus, mas quando as coisas dão erradas, a culpa é sempre de “Deus”. Para essas pessoas, Deus não existe mais, até acontecer um “milagre”, e por coincidência elas voltarem a acreditar no “poder divino “. Vou citar um livro que aborda esse tema, fluentemente:
A cabana. Mesmo eu não acreditando em Deus, santos e tudo mais, o livro abriu minha cabeça para vários ângulos sobre religião.
Vamos para o diálogo então. Arthur esta passando por uma fase difícil, assim como o irmão, muita coisa aconteceu/esta acontecendo em sua vida, portanto:
Diálogo entre Arthur e Larry
Arthur: É tudo uma merda! Só uma maldita merda!
Olha só tudo que Hashem te deu!
O que ele me deu? Ele não me deu nada!
Você tem uma familia, um emprego!
Hasem não me deu nada. Droga nenhuma.
A passagem parece ser um pouco vaga. E de fato é. Mas observando a profundo, você vai se familiarizar com essa passagem sendo dita por colegas, familiares etc.. Eu ja vi muito disso; Agora eu pergunto: Como Deus vai dar alguma coisa pra alguem? Vai mandar sedex? Aparecer na porta da casa vestido de presente de aniversário? Acredito que não. Como ja disse, não acredito em Deus, e nem tento mudar a cabeça de ninguem em questão religiosa, mas usar um ser maior como desculpa pra tudo que der errado na vida, é pura covardia.
No fim do diálogo, Larry fecha com chave de ouro:
Larry: Não é justo culpar Hashem.
Às vezes… Às vezes VOCÊ tem que se ajudar!
Concordemos! Não creio que alguem ficou rico, encontrou sua alma gêmea, ou fez algo importante na vida, só esperando cair alguma coisa do céu, ou acontecer um ato celestial diante de seus olhos.
Enfim, a galera deve estar se perguntando: “Whatafuck César? Pra que fazer um post como este?”.
A resposta fica por intermédio de cada um.
[/OFF]
Boom, sexta feira, dia de follow friday no twitter, dia de curtir o happy hour etc..
Decidi levar adiante essas postagens com passagens e diálogos; achei interessante, um pouco filosófica (dependendo do ponto de vista) e com questões que realmente valem o debate!
Pra finalizar então, o @daniel_correa vai ajudar em uma coluna, mensal se não nos enganamos, sobre filmes nacionais. Isso se Deus não interferir celestialmente no twitter,no blog e tudo mais né?!
09
fev
10

Sentimento, amor – 500 dias com ela

500 dias com ela não é como as típicas comédias-românticas que vem aparecendo no mercado!
Com sua fotografia, trilha sonora, roteiro e atuação do elenco, me deixa muito triste que ele não tenha sido indicado a nenhuma categoria no Oscar.

Bom, não estou aqui pra criticar ou encher lingüiça sobre o filme; Vou postar uma passagem dita pelo personagem Tom, interpretado por joseph gordon levitt.

Como prévia do post, e pra aguçar a vontade de algumas pessoa em assistir o filme, vou citar oque esta escrito no poster, capa de dvd, etc.

“This is not a love story. This is a story about love.”
“Isto não é uma história de amor. É uma história sobre amor.”

Então, se você  é uma pessoa viciada em filmes de romance, onde o mocinho conhece a mocinha, eles ficam juntos e fim, não corra atras. Ou melhor, CORRA! Pra expandir um pouco seu gosto com filmes a respeito.
Como diz a passagem que eu citei, é uma história sobre amor. O filme apresenta o personagem apaixonado, florescendo amor. No outro, nem tanto assim; Mostra ele criticando o amor, o que de mal ele causou em sua vida. Enfim, mostra a descoberta do amor, o amor nao correspondido e o impacto que o mesmo causa na vida do personagem.

Outra passagem sobre como o ser humano expressa seus sentimentos atualmente:
São mentiras. Somos mentirosos.
Pensem. Por que compram isso?
Não é porque querem dizer como se sentem.
Pessoas compram cartões porque não sabem dizer como se sentem. Ou têm medo.

É. Toda pessoa sensata vai concordar com Tom.
Agora: QUAL É O PROBLEMA EM EXPRESSAR OS SENTIMENTOS? OS PRÓPRIOS SENTIMENTOS?
A crítica de Tom as pessoas que compram cartões, usam textos pré-escritos e tudo mais, para se expressar é mais intensa. Mas eu deixo só essa passagem e o resto vocês vão presenciar assistindo.

Agora pensem galera, o cinema é o lugar onde mais encontramos críticas ao nosso modo de viver; Só os mais leigos de vida para não perceber.

04
fev
10

Injustiça!

Eu sei que estou meio atrasado com o ultimo post do globo de ouro, e que faz décadas que aconteceu o mesmo, mas mesmo assim vou chorar um pouco.

Como “Avatar” ganhou o globo de ouro de “melhor filme” concorrendo com Guerra ao Terror e Bastardos Inglórios? É injusto. Tá, Avatar pode ser um filme bom, a  maior bilheteria de todo tempo, inovação tecnológica, que seja. Tirando os requisitos técnicos, Avatar não tem nada demais. Seu roteiro é bem simples e atuações não tão convincentes.

Agora a história se repete no Oscar. Avatar, o filme queridinho da academia; concorrendo a vários prêmios, entre eles melhor filme, ao lado de, não 5 como era antes, mas 10 indicados. Aposto as duas mãos como Avatar leva todos prêmios técnicos, e pra ajudar o oscar de melhor filme.

Poxa premiadores cinematográficos, sejamos sensatos.

A minha premiação justa?
Avatar levaria os prêmios técnicos. Convenhamos que Avatar mereça.
Agora melhor filme, seria uma disputa entre Guerra ao terror, Bastardos inglórios, até Educação. Mas não creio que Educação tenha alguma chance de levar melhor filme.
O resto da premiação será uma surpresa. Só nos resta esperar pra ver se será uma surpresa agradável ou não.

25
jan
10

Melhor filme Globo de ouro: Preciosa

Sabe aquele drama intenso, onde tudo de ruim e errado acontece com o protagonista, e mesmo assim ele não perde a esperança? Então, esse é o enredo de Preciosa. Os acontecimentos ao redor de Preciosa são duros, tristes e profundos. Em momentos, o drama é tanto que o filme chega até a ser superficial.

Como ja diz o título em português, Preciosa é uma dádiva sobre esperança. A adolescente mesmo não tendo amigos, nem apoio da familia e grávida do próprio pai, decidi, depois de ser expulsa de sua atual escola, seguir o conselho de sua antiga professora e se matricular em uma escola alternativa. Acima de tudo, como qualquer outra garota, Preciosa tem o sonho de ser famosa, casar-se com um rapaz bonito, ser rica e glamurosa. Mesmo quando todos estão criticando, pisando nela, Preciosa se vê dançando, desfilando, dando autógrafos.


A atuação da mãe de Preciosa (Mo’Nique) só traz mais nitidez ao filme; Com seu vocabulário totalmente baixo, a injustiça que a mesma exerce sobre Preciosa e outros fatos que a tornam a “pior vilã” dos filmes dramáticos.

Com eu disse antes, Preciosa chega a ser um filme superficial, devido aos acontecimentos que decorrem. Sempre que você pensa que a personagem principal vai ter um impulso positivo em sua vida, na escola e tudo mais, algo vem e a derruba. O mais legal do filme, é ver que Preciosa, mesmo abalada, consegue se levantar e encarar a vida de frente. Mesmo com esse ponto positivo, não vou dizer que é prazeroso assistir Preciosa. O filme é ótimo, vale a pena assistir, mas não é um filme pra ser apreciado por delicadez ou sensatez, é uma história chocante e as vezes a náusea é constante. O filme tem indicações a vários prêmios cinematográficos de Premiações ao redor do mundo. Ainda temos no elenco a cantora Mariah Carey, que, particularmente, atuou fantasticamente.

Preciosa é aquele filme indispensável, que vai levar várias pessoas aos prantos  nas salas de cinema, com ambas lições sobre educação e esperança.




abril 2024
S T Q Q S S D
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
2930  

Categorias

Blog Stats

  • 9.001 hits