Arquivo para 20 de março de 2010

20
mar
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histórias cruzadas

Para começar meus posts aqui vou falar de um tema que me chama muito a atenção: filmes que possuem enredos paralelos e direta ou indiretamente possuem uma ligação. Essas histórias poderiam muito bem ter o seu próprio longa, mas a forma como são interligadas é que enriquece o filme. Logo de cara, já penso em quatro títulos: Traffic (2000), Crash (2004), Babel (2006) e Território Restrito (2009).

Com base em um tema central que liga todas as personagens e suas histórias, os filmes em questão abordam assuntos fortes que abalam a estrutura do espectador (narcotráfico, racismo, intolerância e imigração ilegal, respectivamente). A partir daí, somos convidados a refletir nas temáticas sob diversos ângulos e mudar o conceito a respeito das questões pertinentes.

Cada uma das produções tem suas peculiaridades que elevam o nível e as tornam mais interessantes. Em Traffic, o que mais me chamou atenção foi a fotografia usada, onde cada trama tem a sua própria cor (azul para Washinton, amarelo para o México e cores naturais para a Califórnia), Isso contribuiu, e muito, para a originalidade do filme.
Já em Crash (um dos meus filmes preferidos), o enredo em si é o que prende o público. Histórias densas e conturbadas dão o ritmo ao ganhador do Oscar de melhor filme. Dentre tantas cenas marcantes, uma não tem como esquecer é a do tiro na menina.

Babel foi o único que assisti no cinema. A peculiaridade dele é a visão de que uma ação gera uma reação e sem limites geográficos. As pessoas podem estar muito longe, mas ao mesmo tempo perto (dá uma boa discussão isso). Esse filme fecha a trilogia do diretor Alejandro González , com Amores Brutos (2000) e 21 gramas (2003). Outras duas ótimas produções.
Por último, temos Território Restrito, que conta Alice Braga no elenco, mostra o desejo de estrangeiros de conseguir viver no ‘sonho americano’, porém, em encaram a dura realidade em um país não tão aberto a outras culturas.
Para finalizar, vejo que um ponto comum entre esses filmes, além do cruzamento de histórias, é a vontade de retratar o real, o menos glamurizado possível e mais próximo de como ele é verdadeiramente. Penso que filmes não são meros entretenimentos, podemos extrair algo deles. Esses quatro títulos abalam as estruturas, pois retrata aquilo que tentamos não ver.
Trilha sonora: “Maybe Tomorrow” – Stereophonics (trilha do filme Crash)



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